Proteja suas ideias até que elas floresçam

Você já experimentou jogar todas as sementes de um pimentão num único vaso de terra? Se ela contiver boa dose de adubo e rega constante, os brotinhos começam a surgir. Inicialmente, você não sabe qual deles vai vingar – ou mesmo se aquela plantinha que está brotando junto não é simplesmente mato.

Há que se deixar as plantas crescerem mais um pouco. Protegê-las. Até chegar o ponto em que você terá pelo menos dez pezinhos de pimentão, todos amontoados, crescendo uns por cima dos outros.

Nesse momento, se você tiver mais espaço, é hora de retirar cada plantinha daquele turbilhão e plantá-la numa condição melhor, mais afastada das outras, com um bom espaço para crescer; se não, a missão é mais difícil: escolher apenas um daqueles brotos para apostar e descartar os demais.

O processo se parece muito quando lidamos com ideias. Muitas vezes, precisamos pensar em soluções, e múltiplos caminhos se apresentam. Como saber qual deles melhor se ajusta ao que precisamos? Qual vai frutificar?

Só vamos saber se amadurecermos o suficiente as ideias, dando a chance de que elas cresçam. Gosto muito de uma frase que o publicitário Fernando Leite, responsável pela comunicação do McDonald’s na América Latina e um dos criadores do conceito do parque temático Hopi Hari como país, me disse uma vez: “devemos deixar que as ideias cresçam antes de matá-las”.

Quem vai no mesmo caminho é o presidente da Pixar e da Disney Animation, Ed Catmull. Ele não só preside o estúdio criador de Toy Story, mas ajudou a criá-lo do zero. No livro Criatividade S.A. – Superando as forças invisíveis que ficam no caminho da verdadeira inspiração (que você pode comprar aqui), ele escreve que “nossa tarefa como gerentes em ambientes criativos é proteger as novas ideias daqueles que não entendem que, para surgir a grandeza, é preciso que haja fases nem tão grandiosas”.

E você, costuma proteger suas ideias logo que elas brotam?